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Internalize sua Atenção
E o ato de coragem necessário para transformar sua experiência de vida
Internalizar a Atenção é uma atitude de coragem.
Sobre a perspectiva do senso comum, em alguma medida, é um ato de loucura.
Mas deixe-me explicar por quê...
🎭 A Prisão Invisível do Referencial Externo
A noção de sanidade básica atual é baseada em dependências externas comparativas.
Você utiliza referenciais externos para balizar como se sente. De forma consciente ou inconsciente, você adota uma perspectiva que lhe foi dada.
E baseia sua vida nessa perspectiva sem perceber.
Repete padrões. E vive, em alguma medida, dentro de uma espécie de sofrimento cíclico.
Por algum tempo, as coisas parecem ir bem. Caem novamente. Ficam mal por um tempo. Voltam a ir bem. Caem novamente. Vão mal por um tempo.
Para além dos eventos que estão acontecendo, essas variações acontecem na sua consciência.
Por um determinado tempo, mais coisas ruins acontecem.
Por outro determinado tempo, mais coisas boas acontecem.
Tudo acontecendo dentro da Consciência.
Um pano de fundo imutável de Silêncio e Amor.
⚡ O Ato de "Loucura" Corajosa
E esse é o ato de loucura que mencionei no início.
O ato de coragem para explorar um caminho diferente.
Um caminho onde a sua experiência de consciência, as sensações e emoções, a sua calma não tem base em um referencial externo.
Mas sim no seu próprio centro.
Tornar a atenção para dentro significa observar o silêncio. A condição imutável que serve como base para tudo que você experiência.
Pensamentos, sensações, emoções, tudo acontece dentro desse campo.
Nesse campo a Paz e o Amor predominam. Esse espaço vazio da Consciência é o mesmo espaço vazio que preenche todas as coisas.
Escolher manter nossa atenção nesse centro é o mesmo que escolher estar bem perante qualquer desafio da vida.
Mas isso não deve ser feito de forma superficial, como normalmente é visto por aí.
A mente entende, superficialmente, o conceito e tende força-lo na experiência.
Você não pode criar experiência de Paz através da força. Tudo que a mente fará é é suprimir ou reprimir o sentimento indesejado para debaixo do tapete. Então é mostrado um sorriso falso para a realidade.
Você não pode enganar a si mesmo.
A experiência de amor, de paz, de satisfação, de alegria tem que ser genuína e sem causa externa associada.
Então essa experiência será a Causa de todas as coisas. Não o contrário.
🌱 A Ingenuidade Perdida (ou quase)
É quase como um ato de ingenuidade.
Em primeira instância, parece que essa ingenuidade nos foi removida por um processo de aculturação.
Toda criança tem acesso, de maneira espontânea, a essa ingenuidade: uma abertura de onde suas ações fluem sem o esforço ou ruído mental com o qual estamos acostumados.
Porém, investigando mais de perto, ela não foi removida: Está apenas escondida, mascarada pelas nossas falsas crenças.
A mente, ao ouvir isso, luta ou aceita de forma superficial.
Nossa tendência é sermos ansiosos e apressados.
Às vezes, experienciamos um pouco dessa paz e desse amor interno não causado.
Durante uma meditação, olhando para um horizonte ou vendo um ato de amor.
Julgamos que foi o ato em si que criou a experiência. Mas a verdade é que o ato penetrou a nossa mente, que pôde então aceitar e, de acordo com o nosso sistema de crenças, permitir que experienciássemos aquilo que já estava dentro de nós.
Tudo sempre esteve dentro de nós.
A externalidade funciona como um gatilho que pode abrir certas portas da experiência dentro do nosso coração.
Mas, através da atenção disciplinada e do cultivo do amor próprio, é possível abrir essas portas nós mesmos.
🎯 O Processo de Voltar ao Centro
Esse é o processo de voltar ao nosso centro.
Perceber que somos co-criadores da nossa experiência.
Co-criamos com nossas ações. Mas, muito mais importante do que nossas ações, é o nosso estado de ser.
Pense nisso:
Aquele que muito realiza através do ódio tem a mesma experiência de vida daquele que muito realiza através do amor?
A lógica tradicional nos ensina que devemos subverter este processo. Que devemos tolerar sofrimento em prol do ganho externo. Trabalhar com o que não gostamos, aguentar aquele chefe chato e engolir sapo para conseguir aquilo que desejamos.
Porém nos enganamos.
Não percebemos que o que desejamos é, em primeiro lugar, um estado de ser. Desejamos nos sentir em paz. Nos sentir amados. Nos sentir partes integrantes de um todo.
Desejamos nos sentir capazes. Validados. Que nossa vida vale a pena.
💔 O Vazio Que Não Se Preenche Lá Fora
Assumimos que qualquer uma dessas coisas pode ser encontrada lá fora. Que perseguir nossos interesses e desejos irá preencher essas ânsias profundas.
Mas lhes digo: nada lá fora irá preencher esse vazio aqui dentro.
Esse vazio é saudade de você mesmo. Você esqueceu quem é nesse processo de aculturação. Foi ensinado a abrir mão de tudo que tem acima porque acreditou na história que lhe contaram.
Aprendeu, por observação ou educação ativa, que ao falhar deve se sentir mal. Ao receber aprovação dos outros, deve se sentir bem.
Tudo isso é programado desde que somos pequenos.
O próprio conceito de falha e acerto também lhe foi ensinado.
🧭 A Partícula Divina Que Te Guia
Devemos ter a humildade de reconhecer que não sabemos o que é melhor para nossas vidas. Mas não precisamos saber. Carregamos uma partícula de Deus dentro de nós que nos guia.
Basta que nos alinhemos com essa partícula. Reconheçamos que todos esses estados que desejamos já estão dentro de nós.
Então poderemos transformar nossa experiência para se tornar o paraíso na Terra.
🎥 Recomendação de conteúdo [1 min e 50s]: “Dr. David Hawkins: 99% of your Mind is Silent!”. Neste video Hawkins explica de forma simples e direta como a maior parte da nossa mente é composta por silêncio — e como acessar esse espaço pode transformar sua experiência interna. Vale muito assistir!
🧠 Reflexão da Semana: Em quais momentos desta semana você buscou sua felicidade em referenciais externos? Que tal experimentar encontrar esse centro dentro de você?
🌟 Para Lembrar: Todos os estados que você deseja - paz, amor, alegria - já estão dentro de você. Você só precisa parar de procurá-los lá fora.